terça-feira , 01 de julho de 2025 @ 13:12

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Foto: Reprodução

Abra o olho, prefeito. O tempo voa!

Os dias são longos, mas o ano é curto para os prefeitos eleitos no último pleito. Já se passaram seis meses desde a vitória consagrada nas urnas e as cobranças não param de chegar.

O desafio dos gestores – independentemente do contexto – é transformar as promessas de campanha em ações concretas. Não há carência para entregas porque há urgência nas demandas.

O cidadão espera por grandes e pequenos gestos. Espera por resultados no curto e no longo prazo, com reflexos diretos na estrutura urbana e na vida cotidiana. Afinal tudo que envolve a cidade, por menor que seja, é coisa séria pra quem vive nela.

Uma rua esburacada, um semáforo quebrado, um radar inoperante, uma árvore sem poda, uma praça abandonada, um remédio que falta no postinho… atrapalham a vida de muita gente.

E aquela antiga lua de mel com os novos prefeitos – é importante dizer! – está cada dia menor. O momento político e econômico é outro. A vida não tá fácil. A comida tá cara, água tá cara, energia tá cara, o combustível tá caro. Para bancar o dia a dia, é preciso muito trabalho. E ninguém tem paciência com a falta do básico quando o cansaço é demais.

Para os prefeitos, a gestão também não é simples. Montar uma equipe qualificada é um desafio constante. Encontrar auxiliares que conheçam a administração pública, saibam onde buscar verbas e consigam executar projetos é uma tarefa árdua. Só quem vive sabe.

E há ainda o fator político. Onde colocar os aliados? Priorizar somente indicações políticas em pastas estratégicas pode ser um tiro no pé. Com quais vereadores o prefeito pode contar? Qual a real força do “fogo amigo”, que sempre existe em todo lugar?

Em meio a tudo isso, um recurso essencial costuma ser negligenciado: a comunicação. E comunicar-se bem não pode ser algo deixado para o fim do mandato. Política se faz com sentimentos, sentimentos são construídos ao longo do tempo. E, convenhamos, hoje eles estão à flor da pele.

Esse é, sem dúvidas, um dos maiores desafios para qualquer gestão. Um prefeito que não prioriza a comunicação estratégica e se prende na política miúda, terá dificuldades em deixar sua marca.

Comunicar bem não é o melhor caminho para o sucesso da gestão. É o único. E não estamos falando aqui de redes sociais. Que, aliás, vale um artigo à parte. Tem prefeito acreditando nesta ferramenta como caminho da salvação. Repito: redes sociais são ferramentas que devem integrar uma estratégia maior e bem direcionada. “Tá na conta” e trend de fotos de desenho não funcionam da mesma forma pra todo mundo.

A mensagem certa e bem direcionada é que pode garantir o apoio popular. E sem apoio popular, sabemos, os prefeitos podem pouco.

(Por Geo Mancini, publicitário, especialista em marketing político e eleitoral, CCO da agência Mancini)  

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