O óbito fetal tardio, caracterizado pela morte do feto após 28 semanas de gestação, voltou ao debate público após relatos recentes de perdas divulgados por figuras como Micheli Machado e Tati Machado. O tema reacende preocupações entre gestantes, profissionais de saúde e familiares, especialmente diante da frequência com que esse tipo de caso ainda ocorre, mesmo com os avanços da medicina.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de dois milhões de óbitos fetais tardios são registrados por ano, com 98% concentrados em países em desenvolvimento. No Brasil, embora as taxas tenham caído nas últimas décadas, a questão permanece sensível e requer atenção redobrada, especialmente durante o pré-natal.
O obstetra Dr. Diego Rezende reforça que o acompanhamento médico rigoroso é essencial para reduzir os riscos. Ele chama atenção para sinais de alerta que não devem ser ignorados, como diminuição dos movimentos do bebê, pressão alta, sangramentos ou dores intensas. “Ao menor indício de anormalidade, a gestante deve buscar atendimento imediatamente”, enfatiza o médico.
Além do monitoramento físico, o suporte emocional é indispensável para as mulheres que passam por essa perda. O acolhimento psicológico, tanto para as mães quanto para os parceiros, ajuda a lidar com o impacto profundo do luto. Com mais informação e prevenção, é possível salvar vidas e reduzir o sofrimento de muitas famílias.