Poucos símbolos do Vaticano carregam tanto significado quanto o Anel do Pescador, usado exclusivamente pelo papa. Mas você sabia que essa joia é destruída assim que o pontificado chega ao fim? Entenda o motivo por trás dessa tradição que atravessa séculos.
A história do Anel do Pescador
O Anel do Pescador é uma referência direta a São Pedro, o apóstolo que, segundo a tradição cristã, era pescador antes de ser chamado por Jesus Cristo. São Pedro é considerado o primeiro papa da Igreja Católica, e o anel reforça essa ligação entre o líder da Igreja e suas origens apostólicas.
A peça carrega gravada a imagem de São Pedro lançando suas redes ao mar, símbolo da missão espiritual de “pescar almas”. Além disso, o anel também servia, até tempos recentes, como selo oficial para autenticar documentos papais.
Um gesto simbólico: o fim da autoridade papal
Quando o papa morre ou renuncia, o Anel do Pescador é ritualmente destruído. Esse ato representa o encerramento formal de sua autoridade e evita qualquer possibilidade de fraude documental.
Antigamente, o anel era usado para carimbar documentos oficiais. Se permanecesse intacto após a morte do papa, poderia ser utilizado de forma indevida para validar decisões falsas em seu nome.
Como o anel é destruído
A destruição do Anel do Pescador é feita em uma cerimônia privada. O camerlengo, responsável pela administração do Vaticano durante o período de Sé Vacante (vazio do papado), risca profundamente o anel com um instrumento especial, tornando-o inutilizável. Em alguns casos, o anel é ainda mais danificado, sendo quebrado em pedaços.
Esse ato acontece diante dos cardeais, como forma de garantir a transparência e a validade do processo.
O ciclo se renova
Com a eleição de um novo papa, um novo Anel do Pescador é confeccionado, gravado com o nome do novo pontífice. Assim, o ciclo de sucessão continua, mantendo viva uma tradição que combina história, fé e simbolismo.