O piloto Mauro Caputti Mattosinho, de 38 anos, voltou a afirmar que entregou uma sacola com dinheiro vivo ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro. Segundo ele, a ordem partiu de líderes do PCC, conhecidos como Beto Louco e Primo, que utilizavam aeronaves ligadas ao presidente do União Brasil, Antonio Rueda, apontado como “dono oculto” dos jatinhos.
Mattosinho já havia feito a denúncia de forma anônima em agosto, mas em nova entrevista ao ICL Notícias detalhou que recebeu instruções para tratar o pacote com cuidado por conter dinheiro. Ele relatou ainda que, durante o desembarque em Brasília, ouviu Beto Louco perguntar se “estava tudo certo com o senador Ciro”.
O piloto disse ter filmado a sacola para registrar a entrega, ocorrida em 6 de agosto de 2024, em um bimotor Israel G150. A aeronave, segundo ele, pertence a empresários do setor de petróleo, mas teria como sócios ocultos integrantes da facção criminosa.
Ciro Nogueira nega qualquer envolvimento com o PCC ou recebimento de valores. Já Antonio Rueda, além da suspeita de ligação com as aeronaves, é investigado por participação em operações financeiras suspeitas reveladas pela Polícia Federal.