Um bebê nascido em 26 de julho, em Ohio (EUA), estabeleceu um marco histórico ao ser gerado a partir de um embrião que estava congelado desde 1994. O caso foi revelado pela revista MIT Technology Review e chama atenção por representar o maior tempo já registrado de preservação antes de uma gestação bem-sucedida.
A mãe, Lindsey Pierce, e o marido, Tim Pierce, tentavam engravidar há sete anos e decidiram recorrer à chamada “adoção de embriões”, modalidade em que casais podem receber embriões fertilizados e armazenados por outros.
O embrião foi originalmente gerado por Linda Archerd, que passou por fertilização in vitro (FIV) nos anos 1990. Após dar à luz a uma filha saudável, os outros três embriões criados permaneceram armazenados. Com o tempo, Linda entrou na menopausa e decidiu doar os embriões ao programa Snowflakes, da agência Nightlight Christian Adoption, que trabalha com famílias interessadas em gestar embriões congelados.
Em novembro de 2024, dois dos embriões foram transferidos para o útero de Lindsey em uma clínica no Tennessee. Apenas um se desenvolveu até o nascimento. “Não entramos no programa pensando em quebrar recordes”, contou a mãe. “Só queríamos ter um bebê.”
O caso reacende discussões sobre as possibilidades da reprodução assistida e os limites do tempo de preservação de embriões sem comprometer a saúde do bebê.
