sábado , 14 de junho de 2025 @ 20:40

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Bets retiram R$ 103 bilhões do varejo em 2024

Estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgado nesta quinta-feira (16/01) revela que o varejo brasileiro deixou de faturar R$ 103 bilhões em 2024 devido ao aumento das apostas em plataformas on-line de esportes e cassinos, conhecidas como “bets”. Segundo o levantamento, os brasileiros destinaram cerca de R$ 240 bilhões às bets no ano passado, redirecionando recursos familiares e gerando impactos negativos na economia.

Crescimento das bets e regulamentação no Brasil

As bets começaram a operar no Brasil após a aprovação da Lei Federal 13.756/2018. Desde então, têm investido fortemente em publicidade, incluindo o patrocínio a clubes de futebol. No entanto, o estudo da CNC aponta lacunas na regulamentação, permitindo a expansão de cassinos on-line sem controle adequado. Economistas afirmam que pelo menos 80% dos gastos nessas plataformas são direcionados a modalidades de cassino, enquanto as apostas esportivas representam uma fatia menor.

Impactos sociais e econômicos

Endividamento e inadimplência: Cerca de 1,8 milhão de brasileiros se endividaram em 2024 devido às apostas. Entre famílias com renda de 3 a 5 salários mínimos, o índice de inadimplência subiu de 26% para 29% em um ano.
Desvio de recursos de programas sociais: Beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets em 2024, segundo nota técnica do Banco Central, gerando pressão por maior controle sobre o uso desses recursos.

Medidas do governo para regular o setor

Em resposta, o governo lançou a Portaria nº 1.231/2024, que impõe novas regras para as bets:
• Proibição de crédito para apostas.
• Monitoramento do comportamento dos apostadores.
• Restrições à publicidade, como vedação de anúncios que prometam enriquecimento rápido.

Apesar disso, a CNC alerta para a necessidade de regulamentação mais robusta. Medidas sugeridas incluem:
• Limitação de apostas.
• Campanhas de conscientização sobre os riscos.
• Programas de prevenção e tratamento para viciados.
• Tributação eficaz para financiar programas sociais e compensar os impactos negativos.
(Com informações da Agência Brasil)

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