A taxa de fecundidade no Brasil caiu para 1,6 filho por mulher, o menor índice já registrado no país, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta sexta-feira (27/6) pelo IBGE. O número está abaixo do nível de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher — mínimo necessário para manter o tamanho da população estável ao longo do tempo.
Queda generalizada e mudança no perfil da maternidade
O estudo mostra que as brasileiras estão tendo menos filhos e cada vez mais tarde. A idade média da maternidade subiu para 28,1 anos, com crescimento expressivo entre mulheres que optam por ter filhos após os 30. Outro destaque é o número de mulheres que não têm filhos: 16% das brasileiras entre 50 e 59 anos não tiveram filhos ao longo da vida.
Diferenças regionais e por perfil social
• A menor taxa de fecundidade foi registrada no Sudeste (1,41), enquanto o Norte do país apresentou a mais alta (1,89);
• Mulheres com ensino superior têm, em média, apenas 1,2 filho;
• Entre as mulheres brancas, a média é de 1,4 filho, enquanto mulheres indígenas têm 2,8;
• Em relação à religião, espíritas têm a menor média (1,0), e evangélicas, a maior (1,7).
Comparação internacional
O Brasil está abaixo de países como os Estados Unidos (1,7) e a França (1,8), e acima de nações como Argentina (1,5), Chile (1,3) e Itália (1,2). O índice mais alto é da Nigéria, com 4,6 filhos por mulher.
