A exposição prolongada a temperaturas elevadas pode acelerar o envelhecimento biológico em até 2,48 anos, equiparando-se aos efeitos nocivos do tabagismo, conforme revela um estudo recente publicado na revista Science Advances.
Pesquisadores analisaram amostras de sangue de 3.686 adultos com 56 anos ou mais nos Estados Unidos, correlacionando os dados com índices de calor registrados entre 2010 e 2016. Os resultados indicaram que indivíduos residentes em áreas com maior exposição ao calor extremo apresentaram envelhecimento biológico mais acelerado, independentemente de fatores socioeconômicos ou de estilo de vida.
O envelhecimento biológico, diferente do cronológico, reflete a condição funcional das células e tecidos do corpo. Uma idade biológica superior à cronológica está associada a maiores riscos de doenças e mortalidade. Este estudo destaca que o calor extremo pode influenciar significativamente nesse processo, possivelmente devido a alterações na metilação do DNA, um mecanismo epigenético que regula a expressão gênica.
Esses achados ressaltam a necessidade de implementar estratégias de mitigação térmica em áreas urbanas, como o aumento de espaços verdes e a melhoria das infraestruturas para proteger a população, especialmente os idosos, dos impactos das mudanças climáticas.
