A Câmara dos Deputados só deve votar em plenário, em agosto, o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas até R$ 5.000. A proposta, uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda precisa passar por comissão especial, onde o relatório será analisado nesta quarta-feira (16).
O parecer do relator, deputado Arthur Lira (PP-AL), mantém o valor de isenção proposto pelo governo e prevê redução da alíquota para quem ganha até R$ 7.350 por mês. Para rendas anuais acima de R$ 600 mil, haverá uma cobrança mínima; quem ultrapassar R$ 1,2 milhão pagará uma alíquota de 10%.
Apesar do avanço na comissão, a apreciação em plenário só ocorrerá após o fim do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho. O texto foi apresentado por Lira em 10 de julho, mas aliados do governo criticam a demora na tramitação do projeto, enviado ao Congresso ainda em março.
Com potencial para beneficiar milhões de contribuintes, a medida é vista pelo Planalto como uma peça-chave da plataforma de reeleição de Lula em 2026. Se aprovado, o projeto será usado como vitrine para reforçar o discurso do governo em favor da classe trabalhadora.