terça-feira , 04 de novembro de 2025 @ 21:34

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(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Desemprego fica em 5,6% até setembro, menor taxa da série histórica

A taxa de desemprego do Brasil foi de 5,6% no trimestre até setembro, levemente abaixo do patamar de 5,8% registrado nos três meses encerrados em junho, que servem de base de comparação.

Com o resultado, o indicador voltou a marcar o menor nível da série histórica iniciada em 2012, de acordo com os dados divulgados nesta sexta (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A mínima de 5,6% já havia sido verificada nos trimestres até julho e agosto de 2025. O IBGE, contudo, evita a comparação direta entre intervalos com meses repetidos, como é o caso dos finalizados em julho, agosto e setembro. O novo resultado ficou praticamente em linha com a mediana das previsões do mercado financeiro. Essa projeção estava em 5,5% para o trimestre até setembro, conforme a agência Bloomberg.

Os dados do IBGE integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). O levantamento investiga tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. O número de desempregados, que estão à procura de trabalho, foi estimado em 6 milhões. É o menor já registrado na série histórica.

O contingente recuou 3,3% na comparação com o trimestre até junho (menos 209 mil pessoas) e caiu 11,8% em um ano (menos 809 mil). Já a população ocupada, ou seja, que tinha algum tipo de trabalho, foi calculada em 102,43 milhões até setembro.

Isso significa uma leve variação positiva de 0,1% ante o intervalo até junho (mais 118 mil), dentro da margem de estabilidade da pesquisa. Em relação a um ano antes, a população ocupada cresceu 1,4% (mais 1,4 milhão). O novo resultado (102,43 milhões) está próximo do maior já registrado na série (102,44 milhões). A máxima foi encontrada no trimestre até julho deste ano.

O mercado de trabalho vem de uma trajetória de recuperação no país. Segundo analistas, o movimento refletiu o desempenho aquecido da economia em meio a medidas de estímulo do governo federal, além de mudanças demográficas e impactos da tecnologia. A geração de emprego e renda serve de incentivo para o consumo de bens e serviços. A demanda constantemente aquecida, por outro lado, pode pressionar a inflação.

Para conter o ritmo de aumento dos preços, o Banco Central (BC) promoveu um choque na taxa básica de juros, a Selic, que está em 15% ao ano. Os juros altos tendem a desacelerar a economia. Sinais disso já apareceram no Produto Interno Bruto (PIB). (Folhapress)

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