A nova rodada da pesquisa Quaest, divulgada nesta quinta-feira (17/7), mostra que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), perdeu espaço na corrida presidencial de 2026. Nas chamadas ‘prévias’ da direita, a desidratação de Tarcísio beneficia diretamente o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), único dos pré-candidatos a reduzir a distância para Lula (PT) em um hipotético 2º turno.
No cenário de 2º turno entre Lula e Tarcísio de Freitas, o petista teria 41% contra 37% do governador de São Paulo. Em maio, o petista tinha 41% e contra 40% do governador. Tarcísio perdeu três pontos percentuais. O recuo pode ser consequência do desgaste do governador de SP em meio à crise pela guerra tarifária imposta pelos Estados Unidos ao Brasil.
Já o cenário entre Lula e Caiado em um hipotético 2º turno manteve-se estável entre maio e julho, o que demonstra que o governador de Goiás não enfrenta o mesmo desgaste. Caiado tem 33% das intenções de voto contra Lula, que oscilou para baixo de 43% para 42%.
A distância de Lula e Caiado é de 9 pontos, a menor já registrada em todas as rodadas da Quaest. Em dezembro de 2024, Lula teria 54% contra 20% do governador de Goiás, distância de 34 pontos. Em janeiro, a vantagem do petisca recuou para 19 pontos (45% a 26%); em março caiu para 14 pontos (44% a 30%). Na pesquisa anterior, em maio, Lula e Caiado estavam separados por apenas 10 pontos (44% a 34%) e agora 9 pontos.
Caiado foi o único pré-candidato do espectro de direita que conseguiu diminuir a desvantagem para Lula no 2º turno, o que reforça o potencial de liderar a direita no embate contra Lula. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mantiveram a mesma distância da pesquisa anterior, respectivamente 9 e 10 pontos.
Os demais possíveis adversários: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro (PL), o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD); além de Tarcísio, viram a desvantagem para Lula crescer.
