A dívida bruta do governo brasileiro atingiu 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em maio, totalizando R$ 9,3 trilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (30). O percentual representa uma alta de 0,2 ponto em relação a abril.
Apesar da elevação no mês, o acumulado de 2025 mostra queda de 0,4 ponto percentual. Essa redução foi impulsionada por fatores como a valorização do real, resgates líquidos de dívida e o crescimento do PIB nominal, que ajudaram a suavizar os efeitos do aumento das despesas com juros.
Principais influências na variação da dívida em maio:
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Gastos com juros: +0,8 ponto percentual
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Crescimento do PIB nominal: -0,6 ponto percentual
No acumulado do ano:
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Gastos com juros: +3,7 p.p.
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PIB nominal: -2,7 p.p.
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Valorização cambial: -0,3 p.p.
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Resgates líquidos de dívida: -1,0 p.p.
Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a dívida bruta subiu 4,4 pontos percentuais. Em um período de 12 meses, o avanço foi de 0,3 ponto.
Resultado fiscal
O setor público consolidado registrou superavit primário de R$ 24,1 bilhões nos 12 meses encerrados em maio. No entanto, os elevados gastos com juros da dívida – que somaram R$ 946,1 bilhões – resultaram em um deficit nominal expressivo de R$ 922 bilhões no período.