Viajar para os Estados Unidos ficará mais caro. O Congresso norte-americano e o governo do presidente Donald Trump aprovaram uma nova tarifa de US$ 250 (cerca de R$ 1.390) para a emissão de vistos de não imigrante, como os de turismo, negócios, estudo e intercâmbio. A medida faz parte do pacote tributário e orçamentário “One Big Beautiful Bill”, sancionado no início de julho.
Com a nova cobrança, chamada de Visa Integrity Fee (“taxa de integridade do visto”), o custo total para obter o documento passará de US$ 185 (R$ 1.028) para US$ 435 (R$ 2.419), mais que o dobro do valor atual. Além disso, a lei prevê a cobrança do formulário I-95, no valor de US$ 24 (R$ 133), usado para registrar a entrada no país. Com isso, o gasto total para tirar o visto e viajar pode chegar a US$ 459 (R$ 2.552).
A tarifa será aplicada apenas aos solicitantes que tiverem o pedido aprovado. Quem tiver a solicitação negada continuará pagando apenas o valor atual do visto. A legislação também autoriza que o valor da taxa seja reajustado anualmente com base na inflação.
Ainda não há uma data definida para o início da cobrança. O Departamento de Segurança Interna dos EUA, liderado por Kristi Noem, pode alterar o valor ou estabelecer a vigência. Até o momento, a nova tarifa não aparece no site oficial de vistos do governo norte-americano.
Quem deverá pagar
A taxa será obrigatória para todas as categorias de visto de não imigrante, incluindo:
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Turistas e viajantes de negócios (B)
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Estudantes (F)
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Participantes de intercâmbio (J)
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Trabalhadores temporários (H)
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Atletas e artistas (P)
Possibilidade de reembolso
A legislação prevê reembolso do valor extra em casos específicos. Para ter direito, o viajante deverá:
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Cumprir todas as condições do visto durante sua validade (como não trabalhar ilegalmente).
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Deixar os EUA até cinco dias após o fim do período autorizado.
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Ou, durante a validade do visto, ter obtido extensão de status ou residência permanente.
O reembolso só seria possível após o vencimento do visto, que, para brasileiros, tem validade de 10 anos. Entretanto, o texto da lei não especifica como o processo de devolução será feito.
A embaixada dos EUA no Brasil ainda não se manifestou sobre a data de implementação da nova taxa.