Roman Starovoit, que chefiava o Ministério dos Transportes da Rússia, foi encontrado morto nesta segunda-feira (7), poucas horas depois de ter sido destituído do cargo pelo presidente Vladimir Putin. A informação foi divulgada pelo jornal russo Izvestiya, que cita uma fonte próxima à investigação.
De acordo com o veículo, a principal hipótese é de suicídio. O Comitê Investigativo da Rússia confirmou que o ex-ministro foi localizado com um ferimento de arma de fogo em seu carro pessoal, estacionado próximo a um parque nos arredores de Moscou. Uma pistola registrada em seu nome teria sido encontrada ao lado do corpo.
No entanto, versões divergentes circulam na imprensa local. Alguns meios de comunicação afirmam que o corpo de Starovoit estava fora do veículo, em uma área de arbustos, o que aumenta as especulações sobre as circunstâncias da morte.
Starovoit havia assumido o ministério em maio de 2024, após governar por quase cinco anos a região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia. Sua gestão em Kursk ficou marcada por denúncias de corrupção envolvendo autoridades locais, que se intensificaram após sua saída. Em abril, seu sucessor como governador, Alexei Smirnov, foi acusado de desviar recursos destinados à Defesa.
O Kremlin não explicou os motivos da demissão de Starovoit. Em seu lugar, Putin nomeou interinamente Andrei Nikitin, até então número dois da pasta. Imagens oficiais divulgadas pela agência estatal Sputnik mostram Nikitin sendo recebido pelo presidente russo no Palácio do Kremlin.
Questionado sobre a mudança repentina, o porta-voz Dmitry Peskov limitou-se a dizer: “Na visão do presidente, Andrei Nikitin tem a experiência e as qualidades necessárias para liderar o ministério em um momento crucial.”
A morte de Roman Starovoit chama atenção da comunidade internacional por ocorrer em um contexto em que diversas figuras públicas e empresários russos sofreram mortes suspeitas nos últimos anos, muitas vezes após se afastarem do círculo de confiança do Kremlin.
As investigações seguem em andamento. Até o momento, o governo russo não se pronunciou oficialmente sobre as circunstâncias da morte.
