quarta-feira , 09 de julho de 2025 @ 21:10

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Foto: Reprodução

Falso médico acusado de matar pacientes e forjar a própria morte se entrega em SP

O falso médico Fernando Henrique Dardis, de 43 anos, se entregou à Polícia Civil nesta quarta-feira (25/6) em Guarulhos (SP), após ser considerado foragido da Justiça por suspeita de duplo homicídio e falsificação da própria morte. A prisão foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

 

Acusado de matar duas pacientes em Sorocaba

Fernando responde por homicídio com dolo eventual, acusado de ter causado a morte de duas pacientes — Helena Rodrigues e Therezinha Monticelli Calvim — entre 2011 e 2012, enquanto se passava por médico na Santa Casa de Sorocaba. Ele não possui formação médica e não havia sido julgado até agora.

Segundo o Ministério Público, ele prescrevia medicamentos sem o devido conhecimento técnico e falhava no atendimento clínico, colocando vidas em risco.

 

Falsificou atestado de óbito e documentos de cemitério

Para fugir da Justiça, Fernando forjou sua morte com um falso atestado de óbito, declarando ter morrido por sepse no Hospital Brás Cubas, pertencente à sua família. Ele também falsificou registros do Cemitério Municipal Campo Santo, em Guarulhos, onde alegou ter sido sepultado — substituindo digitalmente o nome de um idoso de 99 anos, já enterrado no local.

A farsa foi desmascarada pelo MP, que solicitou sua prisão preventiva, decretada em maio.

 

Confissão em vídeo e prisão

Antes de se entregar, Fernando divulgou um vídeo afirmando estar vivo e justificando o ato como um “momento de desespero”. Ele negou responsabilidade pelas mortes:

“A dona Helena foi atendida por mim, mas depois passou por mais três médicos. Não aceito essa acusação. Peço desculpas.”

 

Outras acusações e possíveis cúmplices

Fernando já havia sido condenado em 2012 por portar munição e distintivo da Polícia Civil sem autorização. À época, alegou ter encontrado os objetos.

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) pode assumir a investigação, pois há indícios de que outras pessoas participaram da fraude da morte. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) informou que também irá apurar o caso.

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