A Polícia Civil de Goiás indiciou a mãe e os tutores de um pit bull pela morte de um bebê de 10 meses, atacado pelo animal em Goiânia no dia 27 de maio. A investigação concluiu que houve negligência por parte dos responsáveis ao permitir a convivência da criança com o cachorro, que já havia demonstrado comportamento agressivo anteriormente. O inquérito foi finalizado nesta quarta-feira (17) e encaminhado ao Ministério Público.
Segundo o delegado Alex Rodrigues, responsável pelo caso, a mãe, a sogra e o sogro — tutores do pit bull — foram indiciados por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. “Eles sabiam do comportamento agressivo do animal e permaneceram inertes, sem tomar medidas para prevenir o ataque”, afirmou o delegado.
O ataque ocorreu no Jardim América, região sul da capital. De acordo com o relato policial, o bebê estava no colo da mãe enquanto ela abria o portão da residência para a sogra. Nesse momento, o cachorro avançou e mordeu a criança. A mãe e a sogra tentaram retirar o animal, mas não conseguiram. O sogro, chamado às pressas, conseguiu afastar o pit bull, mas a criança já apresentava ferimentos graves.
A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local, atirou no pit bull para contê-lo. O animal morreu no quintal da casa. Bombeiros socorreram a criança, que foi levada ainda com vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu aos ferimentos. A mãe e outra pessoa também foram atacadas e precisaram de atendimento.
Conforme a investigação, o pit bull já havia atacado uma vizinha e era conhecido pelo comportamento agressivo. A proprietária do imóvel onde a família morava chegou a alertar sobre os riscos de manter o animal próximo a crianças, mas os tutores não tomaram providências.
Com o indiciamento, caberá ao Ministério Público avaliar se apresenta denúncia ao Poder Judiciário. Caso sejam condenados, os três indiciados podem pegar até três anos de prisão, além de outras penalidades previstas para homicídio culposo.
								
											





