O Irã lançou, nesta segunda-feira (23/6), uma ofensiva militar contra bases americanas no Catar e no Iraque, em resposta direta aos recentes ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares iranianas. O principal alvo foi a Base Aérea de Al Udeid, a maior instalação militar dos EUA no Oriente Médio.
Principais alvos do ataque
- Base Aérea de Al Udeid (Catar): Segundo fontes militares, seis mísseis atingiram a região, provocando explosões que foram ouvidas em vários pontos de Doha, capital do país.
- Bases no Iraque: Outras instalações com presença militar americana também foram atacadas.
O Irã nomeou a ofensiva de “Operação Anunciação da Vitória”, de acordo com informações da agência estatal iraniana IRNA.
Repercussão internacional
O governo do Catar confirmou o ataque, mas informou que não houve vítimas. No entanto, declarou que se reserva ao direito de resposta, caso novas agressões ocorram.
O espaço aéreo do Catar e dos Emirados Árabes Unidos foi temporariamente fechado, segundo autoridades locais. Os Emirados Árabes anunciaram que estão monitorando os desdobramentos com atenção.
A Casa Branca já havia sido alertada sobre a possibilidade de um ataque e confirmou que mantém estado de alerta máximo nas bases da região.
Estratégia controlada: ataque com aviso prévio
Fontes do governo iraniano revelaram ao New York Times que o Irã informou autoridades locais no Catar antes do ataque, como forma de evitar grandes baixas e reduzir o risco de escalada militar.
Segundo os analistas, a ação segue o mesmo padrão estratégico adotado em 2020, quando o Irã retaliou os EUA após o assassinato do general Qassem Soleimani, com ataques controlados e previamente sinalizados.
Retaliação ao “Martelo da Meia-Noite”
O ataque iraniano acontece dois dias após a operação americana denominada “Martelo da Meia-Noite”, realizada no sábado (21/6). Na ação, os EUA bombardearam os complexos nucleares de Fordow, Natanz e Esfahan, usando bombas de penetração de alta precisão.
De acordo com o Pentágono, a operação envolveu o uso de bombardeiros como isca para enganar as defesas aéreas iranianas, garantindo o elemento surpresa. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou o ataque, chamando-o de “um divisor de águas na história do Oriente Médio”.
Risco de escalada militar
Especialistas em geopolítica alertam que a troca de ataques entre Irã e Estados Unidos eleva o risco de um conflito regional mais amplo, envolvendo aliados estratégicos de ambos os lados.