terça-feira , 26 de agosto de 2025 @ 18:14

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Mãe, irmã e mais quatro pessoas são indiciadas após internação forçada de servidora pública, diz delegada

A Polícia Civil de Goiás concluiu o inquérito que apura a internação forçada de uma servidora do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) em uma clínica de Goiânia. Seis pessoas foram indiciadas, incluindo a mãe, a irmã da vítima e os donos do estabelecimento, que teve o funcionamento suspenso.

Segundo a delegada Gabriela Adas, a internação ocorreu em meio a uma disputa por herança familiar. “Elas serão responsabilizadas por sequestro e outros crimes, já que a internação teve o objetivo de impedir a participação da vítima em uma audiência”, afirmou.

Além das duas familiares, outras quatro pessoas ligadas à administração da clínica também foram indiciadas. Eles devem responder por sequestro em 22 casos — número de vítimas identificadas —, além de associação criminosa, cárcere privado e lesão corporal.

A investigação revelou que o local não tinha autorização para funcionar como unidade de saúde. No dia 14 de agosto, quando a operação foi deflagrada, 43 mulheres foram encontradas internadas; 21 afirmaram estar no local contra a própria vontade.

Relatos apontam condições degradantes, com suspensão de luz e banho, agressões físicas e uso de medicamentos para sedação forçada. Algumas pacientes disseram que chegavam a ficar inconscientes por até três dias.

A defesa das familiares da vítima classificou o indiciamento como “equivocado” e afirmou confiar na Justiça para comprovar a inocência delas. O caso foi encaminhado ao Poder Judiciário.

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