O ex-governador de Goiás e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, foi alvo da Operação Panaceia, da Polícia Federal, que investiga desvio de dinheiro da Saúde, por meio de Organização Social, entre os anos de 2021 e 2018.
Foram cumpridos 11 mandados e busca e apreensão, sendo 10 em Goiânia e 1 em Brasília. Um dos mandatos foi na casa do ex-governador, no Condomínio Alphaville Cruzeiro do Sul. Ele é investigado ainda pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Detalhes da operação
De acordo com a Polícia Federal, os desvios teriam ocorrido por meio da organização social, a Gerir, que administrava o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e o Hospital Estadual de Trindade (Hetrin).
Segundo a denúncia, o instituto – que recebeu cerca de R$ 900 milhões no período – subcontratou de forma excessiva empresas ligadas a políticos e administradores da própria Gerir. E parte do dinheiro recebido para o atendimento dos pacientes, teria sido devolvido a essas pessoas.
Ex-governador
Alvo do inquérito, Marconi Perillo teve autorizada a quebra de sigilo bancário, que se estendeu à ex-primeira-dama Valéria Perillo e também às duas filhas do casal. A PF teria descoberto uma repentina alta da movimentação financeira nas contas do ex-governador após ele ter deixado o mantado de governador, em abril de 2018.
De acordo com a defesa do ex-governador, o crescimento da movimentação financeira foi motivado por ele ter ido para a iniciativa privada – ele assumiu um cargo na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Além disso, aliados de Marconi enxergam motivação política na operação desta quinta-feira e preparam nota para rebater as acusações.
