sábado , 26 de julho de 2025 @ 18:04

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goianas presas injustamente na alemana

PF prende último foragido de quadrilha que trocava etiquetas de malas com drogas em aeroportos

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça-feira (22), mandados da 4ª fase da Operação Colateral e prendeu o último integrante de uma organização criminosa responsável por trocar etiquetas de bagagens em aeroportos para enviar cocaína ao exterior.

O grupo atuava manipulando etiquetas de malas de passageiros comuns, substituindo-as por bagagens carregadas com drogas. Em um dos casos, duas mulheres de Goiânia foram presas injustamente na Alemanha, em março de 2023, após terem suas malas trocadas. Kátyna Baía e Jeanne Paolini ficaram detidas por 38 dias.

Na época, a PF conseguiu desarticular quase toda a quadrilha, desde os operadores até a maioria dos líderes. Apenas um dos chefes permaneceu foragido, sem identificação confirmada, o que levou as investigações a se intensificarem nos meses seguintes.

Relembre o caso

As brasileiras foram detidas no aeroporto de Frankfurt em março de 2023. Um carregamento de cocaína havia sido encontrado em bagagens que estavam com etiquetas correspondentes às do casal. Ao serem abordadas, as brasileiras disseram não saber a origem da droga e alegaram que as bagagens não eram delas. Segundo a Polícia Federal brasileira, “há uma série de evidências que levam a crer, de fato, que não há envolvimento delas com o transporte da droga, pois não correspondem ao padrão usual das chamadas ‘mulas do tráfico’”.

Durante a investigação, os agentes identificaram o grupo que enviou 40 quilos de cocaína para a Alemanha por meio da troca de bagagens de passageiros. A ação do bando consiste em retirar a etiqueta da bagagem despachada e colocar em outra, que está com as drogas. Seis pessoas foram presas por suspeita de envolvimento.

Na penitenciária JVA Frankfurt III, Kátyna passou por momentos de dor no corpo e ansiedade por ficar sem os remédios que tomava. O medicamento, segundo a advogada Luna Provázio, ficaram na bagagem de mão da mulher.

As duas também descreveram as celas como “muito pequenas”, sendo todas individuais, e só conseguiam falar com as famílias raramente. De Goiânia, a personal trainer e a veterinária são um casal há 17 anos e pretendiam viajar por diferentes países europeus quando tudo aconteceu.

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