domingo , 13 de julho de 2025 @ 11:07

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PL, União Brasil e Republicanos são os partidos que mais apoiam urgência para anistia ao 8 de janeiro

Os partidos PL, União Brasil e Republicanos são os que mais têm deputados na Câmara que apoiam o requerimento de urgência ao Projeto de Lei (PL) 2.858, que concede anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro.

Entre os 165 signatários do regime  – que acelera a tramitação da matéria -, 82 são do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo dois parlamentares cearenses: André Fernandes e Dr. Jaziel.

O PL tem 92 representantes na Câmara. Em segundo lugar está o União Brasil, que possui 24 signatários entre os 59 parlamentares que possui no Legislativo. Dois deles são do Ceará: Danilo Forte e Dayany Bittencourt.

Apesar de a legenda ser da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e comandar dois ministérios – Turismo com Celso Sabino e das Comunicações com Juscelino Filho -, quase metade da bancada na Casa aderiu a pauta ligada a Bolsonaro.

Isso porque o partido vive relação conflituosa com o governo petista, sobretudo pelas discordâncias entre representantes da sigla a nível estadual.

Já o partido do recém-eleito presidente Câmara, Hugo Motta (Republicanos), tem 14 signatários do pedido para acelerar a votação do projeto. A legenda ocupa 45 cadeiras na Casa.

Além dos dois deputados federais do União Brasil e PL, o quinto representante cearense que consta entre os signatários do regime de urgência é Luiz Gastão (PSD).

O regimento do Legislativo federal exige apoio mínimo de 257 deputados para incluir a urgência na pauta da votação.

Os demais partidos com deputados que assinaram a urgência são: MDB (11), PSD (11), PP (10), Novo (4), Podemos (3), Avante (2), PRD (2), Cidadania (1) e PSDB (1).

“Todos os líderes de partidos, com exceção do PL e do Novo, que já assinaram o requerimento, estão aguardando a sinalização do presidente Hugo Mota para assinarem (oficialmente)”, afirmou o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante.

“Motta está alinhando alguns procedimentos e fazendo comunicados. Por isso, pediu momentaneamente que esses líderes não assinassem nosso requerimento, o que fez com que ele não entrasse na pauta (da reunião de líderes) hoje”, acrescentou o parlamentar.

O líder do PL ressaltou que a oposição não abrirá mão da anistia “sob nenhuma circunstância”.

O parlamentar ainda pleiteia o apoio de legendas como o PSD, comandado por Gilberto Kassab, e que possui 44 deputados na Câmara. A sigla também integra a base de governo do presidente Lula.

Anistia gera conflito de pautas entre situação e oposição no Congresso

O apoio a pauta da anistia no Congresso divide as prioridades dos partidos com maior representação na Câmara: PT e PL.

Enquanto a oposição promete obstruir a pauta das votações até que a anistia ao 8 de janeiro seja analisada, a situação quer focar na agenda econômica, sobretudo na isenção do Imposto de Renda e PEC da Segurança Pública.

Mesmo com a pressão de parlamentares ligados a Bolsonaro, o presidente da Câmara demonstra pouco interesse em dar celeridade a pauta ou mesmo ceder a obstrução das comissões, feita por esse líderes para paralisar ou retardar as discussões da Casa.

O interesse de parlamentares bolsonaristas na pauta ocorre em meio a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou o político do PL réu na ação penal por envolvimento na elaboração de uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Além de Bolsonaro, outros sete réus responderão a acusações por crimes de: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, diz que mudará a estratégia e passará a coletar assinaturas individualmente em vez de depender dos líderes partidários.

O político ressalta que já foram contabilizadas 165 das 257 necessárias. Ele diz que Hugo Motta pediu as lideranças partidárias que, por enquanto, não assinem o pedido de urgência.

Já o líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), afirmou que o grupo continua em obstrução até a votação do texto da anistia.

(O otimista)

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