A Prefeitura de Goiânia oficializou a contratação emergencial de três organizações sociais (OSs) para administrar temporariamente as maternidades da capital. A medida foi tomada após uma crise prolongada na gestão da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), antiga responsável pelas unidades, que enfrentou atrasos de repasses e colapso nos atendimentos.
Com contratos de validade inicial de três meses e um valor total empenhado de R$ 38 milhões, o novo modelo estabelece a gestão de cada unidade por uma OS distinta. O Instituto Patris, sediado no Mato Grosso, assume o Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), com repasse de R$ 16,7 milhões. A Sociedade Beneficente São José (SBSJ), de São Paulo, ficará à frente do Hospital Municipal e Maternidade Célia Câmara (HMMCC), com valor previsto de R$ 15,3 milhões. Já a Maternidade Nascer Cidadão (MNC) será administrada pela Associação Hospital Beneficente do Brasil (AHBB), também paulista, com contrato de R$ 5,9 milhões.
A crise se agravou ao longo de 2024, quando os atrasos nos repasses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) à Fundahc levaram à suspensão de partos no Célia Câmara, devido a dívidas com anestesiologistas. Em seguida, os atendimentos nas outras unidades também foram restringidos a casos de urgência e emergência. O custo mensal estimado com as três maternidades sob nova gestão é de R$ 12,6 milhões.