Parte dos serviços das maternidades Nascer Cidadão e Célia Câmara, em Goiânia, segue suspensa devido à paralisação de médicos anestesiologistas. A interrupção ocorre, segundo a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado de Goiás (Coopanest-GO), pela falta de repasses da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que teria uma dívida de R$ 1,43 milhão acumulada desde setembro de 2024.
A Fundahc informou que os atendimentos na Maternidade Nascer Cidadão devem ser retomados ainda nesta sexta-feira (22). Já sobre a Maternidade Célia Câmara, a fundação confirmou que a unidade passará por transição de gestão, prevista para 28 de agosto, sob acompanhamento do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e do Ministério Público do Trabalho (MPT-GO).
Impacto nos atendimentos
A suspensão afeta procedimentos que exigem anestesia, como cesarianas, partos normais e curetagens, além de cirurgias ginecológicas e consultas eletivas. Serviços de urgência e emergência permanecem ativos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que também informou estar reorganizando os fluxos para encaminhar pacientes para outras unidades, como a Maternidade Dona Íris, o Hospital das Clínicas e o Hospital Estadual da Mulher.
Contexto financeiro
A Fundahc afirma que a dívida decorre de atrasos nos repasses da Secretaria Municipal de Saúde desde 2023, agravando-se ao longo de 2024. O cenário levou à suspensão progressiva de procedimentos eletivos nas unidades sob sua gestão.
Enquanto a negociação sobre os valores segue sem solução, o atendimento completo depende da regularização financeira. A SMS declarou que o episódio reforça a necessidade de um novo modelo de gestão para as maternidades municipais.