terça-feira , 26 de agosto de 2025 @ 11:42

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polara e cruz
Foto: Divulgação

TCM-GO anula contrato de R$ 2,8 milhões da gestão Rogério Cruz para locação de motos

O Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) determinou, por meio do Acórdão 927/2025, a anulação do Contrato 177/2024, firmado na gestão do ex-prefeito Rogério Cruz, assinado pelo ex-secretário Wilson Pollara, com a empresa Mata Pragas. O contrato, assinado em junho de 2024, previa a locação de 21 motocicletas para borrifação de pesticidas ao custo de R$ 135 mil cada, visando o combate ao Aedes aegypti.

Motivos da Anulação

  • Valor elevado: contrato de R$ 2,8 milhões sem previsão de condutores para as motos;
  • Ineficácia operacional: dispersão de inseticidas em período inadequado, com umidade abaixo de 60%, reduzindo a eficácia;
  • Queda nos casos de dengue: contratação foi realizada em período de baixa incidência de dengue, zika e chikungunya;
  • Ausência de estudo técnico: gestão não apresentou justificativa embasada para a locação;
  • Contratação irregular: realizada fora do período de emergência em saúde pública.

 

Decisão e cumprimento

A anulação foi solicitada pelo Ministério Público de Goiás e teve parecer favorável do Ministério Público de Contas. O TCM já havia recomendado a suspensão do contrato à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), e agora oficializou a anulação definitiva. A decisão foi cumprida pela Prefeitura de Goiânia, com publicação do Termo de Anulação no Diário Oficial do Município em 26/02/2025.

 

Polêmicas na gestão de Wilson Pollara

A passagem de Wilson Pollara pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi marcada por controvérsias, incluindo sua prisão em exercício do cargo. Entre os escândalos:

  • Compra de 40 mil litros de tinta inseticida por R$ 21,3 milhões, com metade do produto parada no almoxarifado;
  • Prisão em 27 de novembro de 2024, acusado de desviar recursos públicos ao favorecer fornecedores com pagamentos fora da ordem cronológica;
  • Mandado de prisão em dezembro de 2024 por suposto desvio de R$ 10 milhões em contratos para serviços de saúde móvel e pesquisas sobre a Doença de Crohn. O montante foi gasto em 17 dias, por meio de saques em dinheiro vivo, PIX e transferências bancárias.
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