Na noite de 14 de abril de 1912, o navio mais famoso da história colidiu com um iceberg em meio ao Atlântico Norte. Poucas horas depois, na madrugada de 15 de abril, o RMS Titanic afundava, levando consigo mais de 1.500 vidas em uma das maiores tragédias marítimas de todos os tempos. Em 2025, o desastre completa 113 anos, mas continua despertando curiosidade, emoção e reflexões importantes sobre segurança, desigualdade e avanço tecnológico.
Um gigante dos mares
Construído pela companhia britânica White Star Line, o Titanic era considerado um marco da engenharia naval. Com 269 metros de comprimento, mais de 46 mil toneladas e capacidade para cerca de 2.240 pessoas, o transatlântico era símbolo de luxo, poder e progresso. Em sua viagem inaugural, partiu de Southampton, na Inglaterra, com destino a Nova York, nos Estados Unidos, com escalas em Cherbourg (França) e Queenstown (Irlanda).
A colisão fatal
Apesar dos alertas sobre a presença de icebergs na rota, o Titanic seguia a alta velocidade. Às 23h40 do dia 14 de abril, o navio colidiu com um iceberg no lado direito da proa, o que causou danos fatais ao casco. Em pouco mais de 2 horas e meia, o navio partiu-se ao meio e desapareceu sob as águas geladas do Atlântico.
Falta de botes e sobrevivência
Um dos fatores que agravaram a tragédia foi a falta de botes salva-vidas. Havia apenas 20 botes a bordo — o suficiente para cerca de 1.178 pessoas, pouco mais da metade da capacidade total. Isso contribuiu para o número elevado de mortes: das mais de 2.200 pessoas a bordo, cerca de 1.500 morreram. A maioria dos sobreviventes estava na primeira classe, revelando um recorte doloroso da desigualdade da época.
Legado e memória
O naufrágio do Titanic levou a mudanças significativas nas normas de segurança marítima, como a obrigatoriedade de haver botes para todos os passageiros e maior vigilância em áreas de risco. Décadas depois, em 1985, os destroços do Titanic foram encontrados a cerca de 3.800 metros de profundidade, próximo à costa do Canadá.
A história do Titanic segue viva na cultura popular por meio de livros, documentários e o célebre filme “Titanic”, lançado em 1997, que levou 11 Oscars e emocionou o mundo com o drama de Jack e Rose, inspirado em histórias reais a bordo do navio.
Mesmo após 113 anos, o Titanic permanece como um símbolo de como o orgulho humano, aliado à falta de preparo, pode resultar em tragédias que marcam gerações.
