quarta-feira , 30 de julho de 2025 @ 00:46

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Foto: Reprodução

Trump ameaça tarifas de 100% à Rússia e anuncia envio de Patriots à Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (14) que aplicará “tarifas severas” de 100% sobre produtos russos caso Moscou não concorde com um cessar-fogo na Ucrânia nos próximos 50 dias. A declaração foi feita durante reunião com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, na Casa Branca.

Além das tarifas, Trump também confirmou o envio de novos sistemas antimísseis Patriot às tropas ucranianas, selando a retomada do apoio militar direto a Kiev. A decisão é vista como uma mudança de postura do líder americano, que nos primeiros meses de seu segundo mandato adotou tom mais conciliador com Vladimir Putin.

“Estamos muito insatisfeitos com a Rússia. Se não houver um acordo, as tarifas serão aplicadas”, afirmou Trump. Segundo a Casa Branca, o aumento tarifário dobrará os valores já impostos a Moscou desde o início da guerra, em 2022.

Pressão econômica e militar

Embora as sanções anteriores tenham afetado o comércio bilateral, EUA e Rússia ainda movimentaram US$ 3,5 bilhões em 2024 com a venda de fertilizantes, metais e combustível nuclear. As novas medidas visam cortar o financiamento de guerra russo e reduzir os laços de Moscou com países como Irã e Coreia do Norte, segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Zelensky agradeceu o apoio e classificou a iniciativa como fundamental para frear os ataques russos. “O financiamento da guerra da Rússia deve ser interrompido. Seus laços militares com outras nações também”, disse.

O envio de Patriots, considerado uma provocação por Putin, reforça as defesas aéreas ucranianas. Cada unidade custa cerca de US$ 3 milhões e é capaz de interceptar mísseis e drones russos. Trump afirmou que alguns sistemas serão enviados pela Otan “em poucos dias” para acelerar a implantação em campo.

Mudança de tom

Durante os primeiros meses de 2025, Trump buscou aproximação com Moscou e chegou a discutir um cessar-fogo sem a participação de Kiev. Em fevereiro, porém, após um encontro conturbado com Zelensky na Casa Branca, o relacionamento com a Ucrânia azedou.

Agora, diante das recusas de Putin às propostas americanas, o líder norte-americano endureceu o discurso. “Estamos prontos para agir economicamente se Moscou não mudar de postura”, disse.

A União Europeia elogiou a nova posição de Trump, mas a chefe da diplomacia, Kaja Kallas, criticou o prazo de 50 dias. “É um período muito longo”, afirmou.

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