A federação União Progressista, formada por União Brasil e PP, decidiu que todos os filiados das siglas devem deixar o governo Lula (PT), segundo lideranças partidárias.
Com isso, os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo) deverão deixar a Esplanada até o fim do mês.
A cúpula também anunciou apoio a um projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão será oficializada ainda hoje.
Apesar do desembarque, aliados das legendas devem permanecer em cargos estratégicos, como Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Juscelino Filho (Comunicações), ambos do União Brasil, além de Carlos Vieira, indicado pelo PP para a presidência da Caixa Econômica Federal.
A saída ocorre após declarações de Lula cobrando fidelidade dos ministros e críticas públicas aos presidentes das legendas, Antonio Rueda e Ciro Nogueira. A postura do petista gerou mal-estar e fortaleceu a pressão interna pelo rompimento.
Nos bastidores, Fufuca e Sabino tentaram evitar a decisão, de olho em projetos eleitorais para o Senado em 2026. Ainda assim, União Brasil e PP têm se movimentado em apoio à possível candidatura presidencial do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Com a debandada, a base oficial do governo na Câmara deve encolher para 259 deputados, apenas dois a mais que a maioria simples, aumentando as dificuldades de articulação no Congresso.