A quem interessa os ataques insistentes dos vereadores de Goiânia ao prefeito Sandro Mabel? Essa é a pergunta que precisa ser feita com seriedade e honestidade. Desde o início do mandato, o goianiense tem sido obrigado a assistir a uma sequência de embates políticos, muitas vezes mais preocupados em desgastar a imagem do prefeito do que em resolver os problemas reais da cidade.
É verdade: Sandro Mabel cometeu erros nesses nove primeiros meses. Todo gestor que assume uma Prefeitura em frangalhos, com quase R$ 5 bilhões em dívidas e serviços paralisados, enfrenta dificuldades, toma decisões difíceis e, inevitavelmente, erra em alguns pontos. Mas também é verdade que houve acertos importantes. Goiânia voltou a ter vagas em CMEIs, obras estruturantes retomadas, iluminação modernizada, drenagens em andamento, além de investimentos históricos na saúde e no transporte coletivo. Esses fatos não podem ser ignorados.
O problema é que o debate na Câmara não gira em torno dos acertos e erros administrativos. Não se discute a cidade. O que vemos é uma briga política, um jogo de poder que transforma o goianiense em plateia de um espetáculo que não interessa à população.
A irritação de parte dos vereadores não é com a gestão em si, mas com a postura de um prefeito que decidiu colocar limites. Sandro Mabel entrou na Prefeitura com a proposta de organizar a casa e não abrir mão de princípios básicos: transparência, eficiência e foco na população. Isso significou reduzir o espaço de manobra de interesses pessoais e políticos que, historicamente, sempre tiveram peso na administração municipal.
E é aí que está o cerne da questão. Quando os vereadores atiram contra o prefeito, é a cidade que sangra. Porque cada hora gasta em ataques pessoais é uma hora a menos dedicada a discutir soluções para os problemas da saúde, para a mobilidade urbana, entre outros.
É preciso lembrar: o papel do vereador é fiscalizar, propor, acompanhar e representar os anseios do cidadão. Mas quando a fiscalização se transforma em arma política, perde-se o equilíbrio e quem sai prejudicada é a sociedade.
Goiânia precisa de diálogo, não de intriga. Precisa de debate sério sobre projetos, não de ataques ensaiados. Precisa de vereadores comprometidos em colaborar com a gestão, mesmo na divergência, porque divergência não significa destruição.
O recado que precisa ser dado é simples: vereadores, ao mirar o prefeito, vocês atingem a população. E o povo de Goiânia, que paga impostos, que precisa de atendimento na rede de saúde, não aguenta mais ser espectador desse teatro.
A cidade quer trabalho, não espetáculo. Quer soluções, não disputas. Quer futuro, não brigas de bastidores.