terça-feira , 17 de junho de 2025 @ 16:36

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bolo envenenado
Foto: Divulgação

Adolescente mata colega envenenada e diz que só queria “dar um susto”

Uma adolescente de 17 anos confessou ter matado a colega Ana Luiza de Oliveira Neves, também de 17, com um bolo envenenado em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O caso chocou a cidade e está sendo investigado como homicídio qualificado. A jovem afirmou à polícia que queria apenas “dar um susto”, mas usou arsênico — substância altamente letal — para envenenar o doce.

Entenda o caso

O crime aconteceu após a vítima receber um bolo de pote envenenado com brigadeiro misturado a arsênico. O presente foi entregue por um motoboy na casa de Ana Luiza com um bilhete: “Um mimo para a garota mais linda que eu já vi”. Após consumir o doce, a jovem passou mal, foi levada ao hospital e diagnosticada com intoxicação alimentar. Apesar do atendimento médico inicial e da aparente melhora, Ana morreu no dia seguinte, ao retornar ao pronto-socorro.

Motivo seria inveja

Inicialmente, a autora do crime alegou que a motivação foi ciúmes, por acreditar que a colega havia ficado com seu namorado. Depois, mudou a versão e disse à polícia que agiu por inveja, sem um motivo específico. Para os investigadores, a escolha do veneno, comprado pela internet por R$ 80, indica premeditação.

A adolescente foi levada pela mãe à Delegacia de Itapecerica da Serra e segue sob custódia da polícia, que aguarda decisão do Ministério Público de São Paulo (MPSP) sobre sua apreensão.

Detalhes da investigação

  • Ana Luiza apresentou sintomas cerca de uma hora após comer o bolo.
  • Chegou a ser medicada e liberada, mas voltou a passar mal no dia seguinte.
  • Foi levada ao hospital após uma parada cardiorrespiratória e já chegou sem vida.
  • O boletim de ocorrência aponta a causa da morte como intoxicação alimentar.
  • Bolo, bilhete, embalagem e outros doces foram apreendidos para análise.

Loja esclarece que não fez a entrega

A fabricante do bolo, Menina Trufa, se pronunciou nas redes sociais dizendo que o produto foi adquirido para consumo próprio e que a entrega à vítima foi feita por terceiros, sem qualquer vínculo com a loja. A empresa afirmou que não autorizou o envio do doce por motoboy e suspendeu as atividades em respeito à família de Ana Luiza.

O caso segue sendo tratado como homicídio e pode resultar na internação da autora em medida socioeducativa, conforme decisão do Judiciário.

 

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