Com a morte do Papa Francisco, a Igreja Católica inicia um dos rituais mais solenes e tradicionais de sua história: o conclave. A cerimônia, realizada na Capela Sistina, é o processo que define o novo Papa — e segue regras rígidas, com isolamento total dos cardeais e votação secreta.
O que é o conclave?
O conclave é o processo de eleição do novo Papa, que ocorre após a morte ou renúncia do Pontífice. Durante esse período, chamado de Sé Vacante, o comando administrativo do Vaticano fica sob responsabilidade do Camerlengo e do Colégio de Cardeais.
Como funciona o processo
- Preparação: Cardeais de todo o mundo são convocados a Roma. Reuniões preliminares definem o cronograma da eleição.
- Isolamento: Os cardeais votantes — com menos de 80 anos — ficam hospedados na Casa Santa Marta e não têm acesso a internet, telefones ou TV.
- Missa solene: No dia do início, ocorre a missa “Pro eligendo Pontifice” na Basílica de São Pedro.
- Entrada na Capela Sistina: Os cardeais seguem em procissão entoando orações e fazem juramento de sigilo absoluto.
Votação e escolha do novo Papa
- Eleitores: Até 120 cardeais podem votar. Atualmente, 138 têm direito a voto.
- Quórum: São necessários dois terços dos votos para eleger o novo Papa.
- Cédulas: Cada cardeal escreve seu voto em uma cédula com a frase “Eligo in Summen Pontificem”.
- Contagem e fumaça: Os votos são costurados, contados e queimados. A fumaça preta indica que não houve eleição; a branca, que há um novo Papa.
Caso não haja definição
Se não houver consenso no primeiro dia, o conclave continua com quatro votações diárias. Após o terceiro dia, uma pausa é feita para orações, antes de retomar o ciclo.
Anúncio do novo Papa
Após a eleição, o novo Pontífice é questionado se aceita o cargo e escolhe seu nome papal. O anúncio é feito da sacada da Basílica de São Pedro com a frase:
“Habemus Papam” (Temos um Papa).