Na noite desta quarta-feira (29), o Palácio do Congresso Nacional foi iluminado com as cores rosa, branca e azul em celebração ao Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data, que completa 20 anos em 2025, reforça a luta por direitos iguais para pessoas trans e travestis, promovendo conscientização sobre a inclusão e combate à discriminação.
A ação foi idealizada pela deputada federal Erika Hilton (SP), do Psol, e tem como objetivo destacar a importância do acesso igualitário à educação, saúde e mercado de trabalho para a população trans. Segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), cerca de 90% das travestis e mulheres transexuais recorrem à prostituição devido à falta de oportunidades formais de emprego.
A violência também é um desafio enfrentado pela comunidade trans no Brasil. Em 2024, 105 pessoas trans foram assassinadas no país, de acordo com um dossiê da ONG Rede Trans Brasil. O levantamento aponta que, nos últimos nove anos, o Brasil registrou 1.181 mortes de pessoas trans, consolidando-se como o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Os estados que lideram o ranking de violência são São Paulo, Minas Gerais e Ceará.
Em meio a esses desafios, a iluminação especial do Congresso simboliza o reconhecimento da luta dessa população e a necessidade de medidas efetivas para garantir seus direitos. A iniciativa ocorre em paralelo a debates e projetos legislativos que buscam ampliar a inclusão social e combater a LGBTfobia no Brasil.
A comemoração da Visibilidade Trans foi instituída em 2004, quando foi lançada, em Brasília, a campanha “Travesti e Respeito”, pelo Ministério da Saúde. Desde então, a data tem sido marcada por mobilizações e iniciativas que reforçam a importância do respeito e da igualdade de direitos para pessoas transgênro e travestis em todo o país.
Foto: Ana Chalub / Câmara dos Deputados
Fonte: Agência Câmara de Notícias