O Brasil encerrou o trimestre de maio com 6,2% de taxa de desemprego, a menor da história para esse período, superando as expectativas do mercado financeiro, que previa algo entre 6,3% e 6,4%. O dado, divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa também uma sequência de melhora no mercado de trabalho, sendo a quarta queda consecutiva no índice de desocupação.
Segundo o instituto, o número de brasileiros ocupados chegou a 103,9 milhões, com recorde de 39,8 milhões de empregados com carteira assinada no setor privado, o maior da série histórica iniciada em 2012.
Subutilização em queda e informalidade em baixa
Outro indicador relevante foi a queda na taxa de subutilização, que caiu para 14,9%. Isso inclui quem está desempregado, trabalha menos do que poderia ou não procura emprego, mesmo estando disponível. São 17,4 milhões de pessoas nessa condição, uma queda de quase 2 milhões em um ano.
A informalidade também recuou: foi de 38,6% para 37,8%, somando 39,3 milhões de brasileiros. A queda mostra que os empregos criados nos últimos meses foram majoritariamente formais, diferentemente do que acontecia em períodos anteriores.
Renda estável, massa salarial em alta
Apesar do aumento no número de ocupados, a renda média real do trabalhador ficou estável, em R$ 3.457. Já a massa de rendimentos, que representa o total que os trabalhadores recebem somados, atingiu R$ 354,6 bilhões, alta de 5,4% em comparação com o mesmo período de 2024.