O empresário Mauro Fernandes Júnior, de 41 anos, morreu na última terça-feira (29/4) após sofrer uma parada cardíaca durante uma sessão de ozonioterapia em uma clínica de estética em Paranaguá, no litoral do Paraná. O procedimento visava tratar dores no ombro.
Segundo relatos, Mauro havia praticado natação pela manhã e, antes de ir à clínica, passou em casa para ver a esposa e a filha. Durante a aplicação do ozônio, ele começou a sentir-se mal. A profissional responsável prestou os primeiros socorros e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que tentou reanimá-lo por cerca de 50 minutos, sem sucesso.
Investigação em andamento
A Polícia Civil do Paraná investiga o caso para determinar se houve erro, negligência ou complicações naturais relacionadas ao procedimento. A profissional responsável apresentou documentos que atestam sua qualificação e a regularidade da clínica. A causa da morte será confirmada por exames periciais.
Regulamentação da ozonioterapia no Brasil
A ozonioterapia é autorizada no Brasil como tratamento complementar, conforme a Lei nº 14.648/2023. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reconhece seu uso apenas para finalidades estéticas e odontológicas, não sendo aprovada para aplicações médicas. O Conselho Federal de Medicina (CFM) classifica a prática como experimental e exige que os pacientes sejam informados sobre seu caráter complementar.