Lucas Vissotto, ex-presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (GOINFRA), foi preso na manhã desta terça-feira (28) durante a operação “Obra Simulada”, deflagrada pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR). Ele é suspeito de liderar um esquema de corrupção que teria causado prejuízos superiores a R$ 10 milhões aos cofres públicos.
A investigação apura irregularidades em um contrato administrativo celebrado entre a GOINFRA e uma empresa privada do Distrito Federal, firmado entre 2023 e 2024, com o valor total de quase R$ 28 milhões. O acordo previa serviços de reforma e manutenção de prédios públicos no estado de Goiás. Segundo as autoridades, pagamentos antecipados e superfaturados foram realizados sem que as obras fossem concluídas.
Detalhes do esquema
De acordo com relatórios da Secretaria Estadual de Infraestrutura (SEINFRA), da Controladoria-Geral do Estado (CGE) e da Gerência Estratégica da Polícia Civil, o esquema envolvia pagamentos irregulares que beneficiaram empresas ligadas a familiares e associados de um suposto “sócio oculto” da contratada. Parte do dinheiro desviado foi sacada em espécie logo após os repasses.
Prisões e mandados
Lucas Vissotto é um dos oito presos durante a operação. A DECCOR também cumpriu 114 mandados judiciais, incluindo:
• Bloqueios de bens e valores;
• Afastamento de sigilos bancário, fiscal e telefônico;
• Busca e apreensão em residências e escritórios.
Impacto e próximos passos
O prejuízo inicial ao erário público é estimado em R$ 10 milhões, valor que não inclui os custos que o Estado terá para reconstruir estruturas demolidas, mas não reerguidas pela empresa contratada. As autoridades seguem apurando o caso para identificar outros possíveis envolvidos e rastrear o destino dos recursos desviados.