O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (6/01) que o governo não pretende aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para conter a alta do dólar.
O IOF é um imposto aplicado em operações como empréstimos, compras internacionais com cartão de crédito e investimentos.
Haddad explicou que a recente alta do dólar é parte de um ajuste natural no mercado. Ele lembrou que, no final de 2024, houve turbulências globais, mas que agora a situação está se normalizando.
Além disso, declarações mais moderadas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo o ministro, ajudaram a reduzir as incertezas no mercado internacional.
“Não estamos discutindo mudanças no regime cambial nem aumento de impostos como o IOF para controlar o dólar”, afirmou Haddad após uma reunião com o presidente Lula sobre o Orçamento de 2025.
Ele também garantiu que o governo está focado em reforçar as contas públicas com propostas já em análise no Congresso, sem recorrer a medidas que impactem diretamente os contribuintes.
O Brasil adota um sistema de câmbio flutuante, no qual o valor do dólar é determinado pelo mercado, com intervenções pontuais do Banco Central em momentos de instabilidade para evitar maiores problemas econômicos.
Nas últimas semanas o governo passou por um período estressante com representantes do mercado privado, gerando um clima de desconfiança. Empresários chegaram manifestar aposta no aumento contínuo do dólar. Nesta segunda-feira, no entanto, o dólar caiu 1,14% e a expectativa é que o posicionamento de maior cautela na política de tarifas de Trump ajude na estabilização.
(Com informações da Agência Brasil)