Um médico do Hospital Municipal de Mambaí, na região nordeste de Goiás, está sendo investigado por suspeita de agressão contra um menino autista de 9 anos durante um atendimento. Segundo a mãe da criança, os tapas desferidos pelo profissional resultaram na perfuração do tímpano da vítima. O caso foi denunciado à Polícia Civil e o profissional foi afastado pela Secretaria Municipal de Saúde.
Agressão e insultos
De acordo com o relato da mãe, o filho, que também tem Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), sofreu um ferimento na mão após uma crise em casa. Ao ser levado ao hospital pela tia para receber atendimento, o médico teria reagido de forma agressiva, proferindo insultos como “merdinha” e “valentão”, além de afirmar que “criança como ele não ia longe”.
Durante o atendimento, o profissional teria dado dois tapas na criança, mobilizando seu braço para trás. Enfermeiras intervieram e aplicaram um sedativo, mas, ao se debater, a criança encostou o pé na tia. O médico então teria dado um terceiro tapa, mais forte, atingindo a região do ouvido do menino e provocando a perfuração do tímpano.
Médico afastado e investigação em andamento
A mãe do menino afirmou que, ao chegar ao hospital, encontrou o filho chorando e muito nervoso. O médico admitiu o uso de força e chegou a pedir desculpas, comprando um medicamento para o ouvido da criança.
A família registrou a ocorrência na Polícia Civil, que abriu um inquérito para apurar o caso. O delegado responsável, Breno Gaspar, confirmou que as investigações estão em andamento. A Secretaria Municipal de Saúde também informou que o profissional foi afastado de suas funções enquanto os fatos são apurados.
O nome do médico não foi divulgado. A reportagem do Todo Tempo segue acompanhando o caso e em breve divulgaremos mais informações sobre o caso.
Denúncias de violência médica
Casos de violência contra pacientes, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade, como crianças autistas, são graves e exigem resposta rápida das autoridades. Especialistas alertam para a importância da capacitação profissional e do respeito aos princípios da ética médica para evitar ocorrências semelhantes.
A população pode denunciar casos de abuso através dos órgãos competentes, como a Polícia Civil e os Conselhos Regionais de Medicina.
