A jornalista e escritora Míriam Leitão foi eleita nesta quarta-feira (30/4) para ocupar a cadeira número 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL), tornando-se a mais nova imortal da instituição. Com uma trajetória marcada pelo jornalismo político e econômico, além de uma sólida carreira literária, Míriam venceu a disputa com 20 votos, superando nomes como o ex-ministro Cristovam Buarque.
Cadeira de Castro Alves
A cadeira 7, anteriormente ocupada pelo cineasta Cacá Diegues (falecido em fevereiro), tem como patrono o poeta abolicionista Castro Alves. Míriam se torna a 12ª mulher a integrar a ABL em mais de 125 anos de história — e a segunda mulher a ocupar essa cadeira, após Dinah Silveira de Queiroz.
Trajetória literária e jornalística
Com mais de 50 anos de carreira na imprensa, Míriam é colunista de política e economia do jornal O Globo, comentarista na GloboNews, CBN e TV Globo. Como escritora, já publicou 16 livros, entre romances, reportagens e obras infantis. Seu título “Saga Brasileira” venceu o Prêmio Jabuti de melhor livro de não ficção.
Ela também é autora de obras premiadas como Amazônia na Encruzilhada (2024), História do Futuro (2015) e A perigosa vida dos passarinhos pequenos, reconhecida pela FNLIJ na literatura infantil.
Reconhecimento e relevância
Míriam Leitão acumula prêmios importantes no jornalismo, como o Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia, o Vladimir Herzog e o Esso de Jornalismo, além do Prêmio Liberdade de Imprensa da ANJ e homenagens da ABRAJI.
A escolha de seu nome para a ABL foi destacada pelo presidente da entidade, Merval Pereira, que ressaltou a amplitude de sua atuação intelectual e o compromisso com temas como democracia, meio ambiente e direitos humanos.
