As ações da Nike subiram mais de 17% nesta sexta-feira (27) na Bolsa de Nova York após a companhia anunciar que pretende reduzir a produção de calçados na China, em resposta às novas tarifas de importação impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
De acordo com o diretor financeiro da Nike, Matthew Friend, as taxas devem aumentar os custos da empresa em cerca de US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5,5 bilhões). Atualmente, 16% dos calçados vendidos pela empresa nos EUA são fabricados na China. A ideia é reduzir esse número para um patamar de “dígito alto” até maio de 2026, transferindo parte da produção para outros países.
Para compensar o impacto, a Nike já vinha adotando medidas como o reajuste nos preços de alguns produtos. Analistas do mercado acreditam que o movimento será seguido por outras empresas do setor. “O impacto das tarifas é significativo, mas como outras marcas também devem subir os preços, a Nike não deve perder muita participação de mercado nos EUA”, avaliou David Swartz, da Morningstar Research.
As tarifas anunciadas por Trump em abril afetam mais de 180 países e têm como principal alvo a China. A iniciativa faz parte da estratégia protecionista do governo norte-americano para fortalecer a indústria nacional.