Yoon Suk-yeol, ex-presidente da Coreia do Sul, foi preso na manhã desta quarta-feira (15/01), acusado de impor a lei marcial em dezembro, numa suposta tentativa de insurreição. A prisão ocorreu após centenas de policiais e investigadores invadirem o complexo presidencial para cumprir o mandado judicial.
Após a prisão, Yoon se recusou a responder às perguntas dos investigadores e foi colocado em isolamento. Ele pode ser mantido sob custódia por semanas, enquanto as autoridades analisam a possibilidade de uma acusação formal.
Condenações
Se formalmente acusado de insurreição e abuso de poder, Yoon poderá enfrentar prisão perpétua ou até pena de morte, conforme a legislação sul-coreana. O processo inclui a análise do caso por promotores, que têm até 48 horas para formalizar a prisão e até 20 dias para concluir a investigação antes de apresentar a denúncia ao tribunal.
Contexto Histórico
Yoon se tornou o primeiro presidente sul-coreano preso enquanto ainda estava no cargo. Ele foi afastado em dezembro, após um impeachment aprovado pela Assembleia Nacional, dominada pela oposição, que o acusou de rebelião. Em resposta, forças de segurança tentaram resistir à prisão de Yoon no complexo presidencial, mas acabaram sendo superadas pelas autoridades.
Investigação sobre Lei Marcial
Yoon instaurou a lei marcial em 3 de dezembro, alegando proteger o país de supostas ameaças “comunistas norte-coreanas”. A investigação busca determinar se a ação configurou uma tentativa de rebelião. A oposição e aliados de Yoon têm opiniões divididas sobre a legitimidade das acusações.
Repercussões Políticas
A prisão gerou protestos de apoiadores de Yoon, que alegam ilegalidade no mandado judicial. Paralelamente, o Tribunal Constitucional avalia se Yoon será destituído permanentemente ou reintegrado ao cargo. Até lá, os poderes presidenciais permanecem suspensos, com o vice-primeiro-ministro Choi Sang-mok atuando como líder interino.