Uma auditoria do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), iniciada nesta semana nas principais maternidades públicas de Goiânia, reacende os escândalos herdados da administração do ex-prefeito Rogério Cruz. A análise, focada nas unidades Dona Íris, Nascer Cidadão e Célia Câmara, busca esclarecer a má gestão e o colapso no atendimento registrado em 2024.
Gestão passada acumulou dívidas superiores a R$ 250 milhões
As maternidades são administradas pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que em agosto de 2024 suspendeu os atendimentos por falta de repasses da Prefeitura. À época, a dívida da Secretaria Municipal de Saúde ultrapassava R$ 250 milhões, envolvendo hospitais conveniados, fornecedores e prestadores de serviços.
Ex-secretário de Saúde foi preso por suspeita de fraudes
O ex-secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, foi preso em novembro de 2024 durante operação do Ministério Público de Goiás (MPGO). Ele é investigado por direcionamento irregular de pagamentos e suspeita de operar um esquema clandestino fora da contabilidade oficial. O MP também apontou tentativa de obstrução das investigações, com orientações para que testemunhas permanecessem em silêncio.
Nova gestão busca responsabilização e reconstrução
A investigação do Denasus é considerada um passo fundamental para apurar responsabilidades e restabelecer a confiança na rede municipal de saúde. A expectativa é que os resultados da auditoria sirvam de base para medidas corretivas e possíveis sanções administrativas e judiciais.