Em 2024, mulheres brasileiras receberam, em média, salários 20,9% menores que os homens em mais de 53 mil empresas com 100 ou mais funcionários. Essa disparidade manteve-se estável em relação a 2023, quando a diferença era de 20,7%. Em 2022, a diferença era de 19,4%.
A comparação é feita entre homens e mulheres que ocupam as mesmas funções. Nos cargos de alta gestão, como diretoras e gerentes, a desigualdade é ainda mais acentuada, com mulheres ganhando 26,8% a menos que seus colegas homens. Entre profissionais com ensino superior, a diferença salarial chega a 31,5%.
A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, destacou que a persistência dessa desigualdade reflete a necessidade de mudanças estruturais na sociedade, incluindo a revisão das responsabilidades atribuídas às mulheres e a promoção de uma cultura corporativa que valorize a equidade de gênero.
Estados como Acre, Santa Catarina, Paraná, Amapá, São Paulo e Distrito Federal registraram as menores desigualdades salariais. Além disso, houve um aumento na participação de mulheres negras no mercado de trabalho, passando de 3,2 milhões para 3,8 milhões. O número de empresas com menos de 10% de mulheres negras contratadas caiu de 21,6 mil para 20,4 mil.
