A Rússia afirmou ter sido alvo de um ataque “massivo” de drones ucranianos em Moscou e arredores nesta terça-feira (11/03). Segundo autoridades locais, ao menos duas pessoas morreram: um guarda de 38 anos e um homem de 50 anos. Este teria sido o maior ataque da Ucrânia contra Moscou até o momento e ocorreu poucas horas antes de uma reunião entre delegações dos Estados Unidos e da Ucrânia na Arábia Saudita para discutir negociações de paz.
O Ministério da Defesa russo informou que 337 drones ucranianos foram interceptados, sendo 73 na região de Moscou. O prefeito da capital, Sergei Sobyanin, confirmou os números. O governador de Moscou, Andrei Vorobyev, divulgou imagens dos estragos, incluindo veículos queimados e apartamentos danificados. Doze pessoas, entre elas três crianças, precisaram ser evacuadas.
O ataque também afetou a aviação: quatro aeroportos de Moscou suspenderam voos temporariamente e 46 voos foram desviados.
Ucrânia também sofre ataques
A Ucrânia relatou que foi alvo de bombardeios russos na mesma noite. A força aérea ucraniana afirmou que a Rússia utilizou um míssil balístico Iskander e 126 drones, dos quais 79 foram abatidos. Uma pessoa morreu e seis ficaram feridas. Além disso, casas e um armazém de brinquedos infantis foram destruídos.
Negociações entre EUA e Ucrânia avançam
Apesar dos ataques, as negociações entre os EUA e a Ucrânia começaram em Riad. A delegação ucraniana é liderada por Andriy Yermak, chefe de gabinete de Volodymyr Zelensky, junto com conselheiros e ministros. Pelo lado americano, participam o secretário de Estado, Marco Rubio, o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, e o enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.
Antes da reunião, Rubio sugeriu que os EUA poderiam restaurar o apoio militar à Ucrânia caso o país aceite certas exigências do presidente Donald Trump para uma trégua com a Rússia. Yermak afirmou que a equipe ucraniana está pronta para negociar, mantendo o foco na defesa dos interesses do país e no fim da guerra.