Unicamp Aprova Cotas para Pessoas Trans, Travestis e Não-Binárias em Cursos de Graduação
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou, por unanimidade, a adoção de cotas para pessoas trans, travestis e não-binárias em seus cursos de graduação. A decisão, tomada pelo Conselho Universitário em 1º de abril, resulta de uma articulação entre a reitoria, alunos e movimentos sociais como o Ateliê TransMoras e o Núcleo de Consciência Trans.
Como Funcionarão as Cotas?
As vagas serão disponibilizadas no edital Enem-Unicamp e estarão abertas a candidatos de escolas públicas e privadas. Nos cursos com até 30 vagas, pelo menos uma será destinada a essa população. Já em cursos com mais de 30 vagas, haverá no mínimo duas oportunidades. As vagas poderão ser regulares ou adicionais.
Critérios de Seleção
Os candidatos deverão fazer uma autodeclaração no momento da inscrição e apresentar um relato de vida, analisado por uma comissão de verificação. Após cinco anos, a universidade avaliará os impactos da medida.
Impacto e Dados Relevantes
No último vestibular da Unicamp, 279 candidatos usaram nome social, e 40 foram convocados. Entre os cursos mais procurados por esse grupo estão artes visuais, ciências biológicas e medicina. Atualmente, pelo menos 13 universidades federais ou estaduais já adotam cotas para pessoas trans.
Com essa iniciativa, a Unicamp reforça seu compromisso com a inclusão e diversidade no ensino superior.
