Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, em fevereiro de 2022, mais de 48.700 pessoas estão desaparecidas, segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). O número inclui civis e militares de ambos os lados. “São familiares à procura de entes queridos, sem saber se estão vivos, feridos ou mortos”, explicou Patrick Griffiths, porta-voz do CICV na Ucrânia.
O total de desaparecidos vem crescendo: em dezembro de 2024, eram cerca de 43 mil. A Cruz Vermelha conseguiu descobrir o paradeiro de 12.500 pessoas, mas nem sempre com boas notícias — algumas foram localizadas como prisioneiros de guerra, outras, como vítimas fatais.
Griffiths ressalta que pode levar anos para encontrar respostas, mesmo após o fim da guerra.
Situação atual
O conflito continua intenso. Mesmo longe das frentes de batalha, em Kiev, o porta-voz relatou que no sábado (5/4), ele e colegas foram acordados por explosões. “Vejo relatos diários de bombardeios, casas destruídas, civis mortos ou feridos. É devastador.”
Apesar das discussões sobre paz, o CICV alerta para a urgência das necessidades humanitárias diárias: pessoas continuam a perder familiares, casas e meios de sustento.
Prisioneiros de guerra
O CICV também acompanha a situação dos prisioneiros de guerra. A organização já visitou milhares de detidos em ambos os lados, mas enfrenta dificuldades de acesso, especialmente às prisões na Rússia. “Temos acesso mais amplo aos prisioneiros russos detidos na Ucrânia, mas continuamos negociando com ambos os países para melhorar esse acesso”, afirmou Griffiths.