Cristiano Rodrigo da Silva, 40 anos, foragido da Justiça desde 2007 por homicídio e roubo, conseguiu avançar em várias etapas do concurso para investigador da Polícia Civil de São Paulo, incluindo a investigação social, fase destinada a verificar a idoneidade dos candidatos. A falha no processo seletivo foi revelada pelo portal UOL nesta quinta-feira (13/03).
Com uma ficha criminal extensa, Cristiano chegou a obter 52 pontos na prova escrita, com destaque para noções de direito (17 pontos) e criminologia (11 pontos). No entanto, sua trajetória no concurso foi interrompida na última segunda-feira (10/03), quando foi preso na Academia da Polícia Civil, no Butantã, momentos antes de participar da prova oral.
A captura ocorreu após uma denúncia, já que ele estava foragido desde 11 de novembro de 2007, com mandado de prisão preventiva expedido pela juíza Carla Zoega Andreatta Coelho, da Vara do Júri de Mairiporã.
Cristiano era procurado por um crime cometido em 9 de novembro de 2006, quando, junto com um comparsa, clonou uma viatura da Polícia Civil e se passou por investigador para abordar o comerciante José Roberto Nogueira Ferreira, na zona leste de São Paulo. A vítima foi roubada e assassinada.
A falha na investigação social do concurso levanta questionamentos sobre os critérios de seleção e segurança na triagem de candidatos a cargos policiais.
