O governo federal anunciou a redução do limite de alimentos processados e ultraprocessados no cardápio das escolas públicas brasileiras. A partir de 2025, o percentual permitido cairá de 20% para 15% por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Em 2026, a restrição será ainda maior, limitando esses produtos a 10%. O objetivo é promover uma alimentação mais saudável, priorizando alimentos nutritivos, produção local e a diversidade alimentar das regiões do país.
A mudança foi oficializada por uma nova resolução do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC). O PNAE atende 40 milhões de crianças e jovens em 150 mil escolas nos 5.570 municípios brasileiros, garantindo 50 milhões de refeições diárias e movimentando cerca de R$ 5,5 bilhões por ano.
Impacto na saúde dos estudantes
A decisão visa combater a obesidade infantil, um problema crescente no Brasil. Segundo o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (2023), 14,2% das crianças menores de cinco anos estão acima do peso — quase o triplo da média global de 5,6%. Entre adolescentes, o índice chega a 33%.
Mais qualidade no prato dos alunos
A nutricionista Jaqueline de Souza, participante do programa, destacou as mudanças no cardápio: “Saíram os biscoitos industrializados, entraram canjica, cuscuz, mais frutas e feijão in natura. A alimentação escolar melhorou muito”.
Para garantir a qualidade na execução da merenda escolar, o Governo Federal lançou o projeto Alimentação Nota 10, que investirá R$ 4,7 milhões na capacitação de merendeiras e nutricionistas em segurança alimentar.